sábado, 19 de julho de 2008

Anarquista, graças a Deus?!

Proudhon e seus filhos, por Gustave Courbet, 1865


Zélia Gattai em 1979 escreveu um romance que virou mini-série televisiva no Brasil e cujo título era esse “Anarquista, Graças a Deus”! Não paro de pensar nesse título desde que conheci uma pessoa que me fez lembrar a mini-série. Talvez não consiga falar exactamente tudo que o conceito tem como conteúdo, até porque não sou uma pessoa com tanta visão política, mas se errar gostava que os comentários ajudassem a remendar os meus erros na interpretação. Li alguma coisa num site que define o anarquismo como ... “ uma expressão de luta contra a opressão e a exploração, uma generalização das experiencias do povo trabalhador e uma análise daquilo que está errado com o corrente sistema e uma expressão de nossas esperanças e sonhos de um futuro melhor…é essencialmente um produto da luta da classe trabalhadora contra o capitalismo e o estado, contra a opressão e a exploração, e por uma sociedade livre e de indivíduos iguais”.
Bem voltando ao tema do tal senhor, ele diz que tem uma postura de se negar a ser colaborador das regras do governo que estabeleceram uma rotina no convívio social que só beneficia o lucro do governo e de empresários, nada favorecendo ao povo. Tipo: não leva xícara de café para o balcão porque assim gera mais emprego, joga papel no chão porque assim gera mais emprego, deixa carrinhos soltos nos estacionamentos dos supermercados porque assim gera mais emprego, só abastece combustível em posto que tenham funcionários de pista para o abastecer porque gera mais emprego. Não sei se isso poderia se chamar de anarquismo mas se for acho que seria um anarquismo positivo, pois o tal senhor já é muito querido por todos que lidam com ele e sei que já passou boas vergonhas por o terem questionado mas sei também de pessoas que já agradeceram a ele por manterem seus empregos (risos). E eu com mania de ser tão ordeira e educada! Com isso se calhar ainda estou colaborando para o desemprego nacional. Agora me digam, de que vale tanta educação se os empresários se aproveitam dela para tirar cada vez maior lucro e gerar cada vez menos Oportunidades?

2 comentários:

AFT/Brutal Jiu-jitsu disse...

Bastante coerente lembrar a Senhora "Amado". Anarqistas, Graças a Deus?! Numa analise comparativa dos tempos idos e o que vivemos hj, posso ventilar utilizando o exemplo dado pelo senhor como o resumo do bem e do mal. Justificar actos de vandalismo e falta de educação para justificar a manutenção de um emprego é o cúmulo da sede capitalista. Exemplo este que ainda ontem vivenciei no mercado, onde insistem em colocar aquelas caixas ondenós mesmos passamos nossos produtos, enquanto pagamos acrescido no preço da mercadoria a manutenção de um funcionário. Tinhamos é que ter maquinas fazendo isso tudo realmente e as pessoas com igualdade de acesso e melhores formações. Agora entro pela utopia, eu sei, mas nao custa sonhar. Anarquista ou utópico acima de tudo sonhador!

Anónimo disse...

Mas que dialéctica complicada!
Mas, francamente, não penso que os processos usados pelo senhor que se considera um anarquista gerem efectivamente emprego
O que geram, de certeza, é desconforto para os outros cidadãos. Eventualmente, até para os funcionários cujos empregos ele pretende ajudar a manter.
Deve ser por isso que, nos WCs públicos, deixam sempre tudo imundo. Assim, é necessário manter a senhora da limpeza!!! E o pessoal médico também tem mais emprego.
Já agora, o telejornal pouco informativo e deprimente deve favorecer os psiquiatras e suas recepcionistas!!!