sábado, 26 de julho de 2008

Idas e Vindas no Comboio


De lá pra cá, tantas idas e vindas por essas estradas de ferro em Portugal! Difícil foi entender, no início, que as viagens resultariam melhor pelo comboio. Acostumada a dirigir pensei que não me habituaria. Gosto de parar nas estradas ao meu belo prazer e no comboio me sentia restrita e achava que ficaria solitária. Mas se por vezes fico solitária (nem tanto pois o meu portátil traz-me o mundo até o meu colo), muitas vezes tenho a Oportunidade de conhecer tanta gente. Gosto de pessoas! Pessoas com quem converso. Pessoas que puxam conversa. Gente que só observo (lógico que também sou observada).

Situações engraçadas acontecem. Até amizades já fiz de tantas vezes que parei nas mesmas estações.

Ontem ao chegar a Santarém, indo para o Ribatejo, entrei no café da estação e a balconista deu um sorriso tão bonito!! Exclamou com tanta alegria um Boa Tarde!! Que não só espantou a mim como chamou a atenção aos que lá estavam. E eu que já não gosto nada, nada, nada de sorrir (brincadeirinha), abri logo o meu melhor sorriso. Ganhei o dia!!! Mais ainda porque ela se lembrava do que eu gostava e não gostava de pedir. E eu pensei que era tão “invisível”! Depois para completar me perguntou como estava Aveiro e se eu estava indo trabalhar nesse fim-de-semana (trabalho de 15/15 dias no Ribatejo). Eu perguntei se ela sabia em que eu trabalhava e ela “sim, és psicóloga”! Caramba! Já conversei com ela há um tempo atrás, mas não sabia que ela estava tão atenta a essas minhas idas e vindas. A senhora é muito simpática e o que nós conversamos com certeza deixou marcas positivas nela. Gosto de vê-la, também. Li num texto no Blogue de um amiga sobre ser visível ou invisível para as pessoas, me lembrei disso nessa situação. Bom isso!, pelo menos em alguns momentos podemos confirmar como não passamos desapercebidos. Comboio, ainda vou passear muito por aí!

sábado, 19 de julho de 2008

Anarquista, graças a Deus?!

Proudhon e seus filhos, por Gustave Courbet, 1865


Zélia Gattai em 1979 escreveu um romance que virou mini-série televisiva no Brasil e cujo título era esse “Anarquista, Graças a Deus”! Não paro de pensar nesse título desde que conheci uma pessoa que me fez lembrar a mini-série. Talvez não consiga falar exactamente tudo que o conceito tem como conteúdo, até porque não sou uma pessoa com tanta visão política, mas se errar gostava que os comentários ajudassem a remendar os meus erros na interpretação. Li alguma coisa num site que define o anarquismo como ... “ uma expressão de luta contra a opressão e a exploração, uma generalização das experiencias do povo trabalhador e uma análise daquilo que está errado com o corrente sistema e uma expressão de nossas esperanças e sonhos de um futuro melhor…é essencialmente um produto da luta da classe trabalhadora contra o capitalismo e o estado, contra a opressão e a exploração, e por uma sociedade livre e de indivíduos iguais”.
Bem voltando ao tema do tal senhor, ele diz que tem uma postura de se negar a ser colaborador das regras do governo que estabeleceram uma rotina no convívio social que só beneficia o lucro do governo e de empresários, nada favorecendo ao povo. Tipo: não leva xícara de café para o balcão porque assim gera mais emprego, joga papel no chão porque assim gera mais emprego, deixa carrinhos soltos nos estacionamentos dos supermercados porque assim gera mais emprego, só abastece combustível em posto que tenham funcionários de pista para o abastecer porque gera mais emprego. Não sei se isso poderia se chamar de anarquismo mas se for acho que seria um anarquismo positivo, pois o tal senhor já é muito querido por todos que lidam com ele e sei que já passou boas vergonhas por o terem questionado mas sei também de pessoas que já agradeceram a ele por manterem seus empregos (risos). E eu com mania de ser tão ordeira e educada! Com isso se calhar ainda estou colaborando para o desemprego nacional. Agora me digam, de que vale tanta educação se os empresários se aproveitam dela para tirar cada vez maior lucro e gerar cada vez menos Oportunidades?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Calçadas de Aveiro...Calçadas Portuguesas?

Fico pensando que a idade nos traz muitas competências, mas também nos traz muitas dificuldades. Aveiro, a minha linda cidade, com certeza aposta mais nas competências do que nas dificuldades vinda com as idades. Falo isso pela forma como as nossas calçadas “testam” a todo momento nossas competências a andar sem tropeçar…no Rio de Janeiro as calças portuguesas são muito famosas. Copacabana com suas ondas do mar desenhadas nas largas calçadas a beira-mar, sem alterações no relevo delas, é um exemplo …mas se calhar lá apostam mais nas nossas incompetências a andar pois as calçadas parecem ter um cimento nas tais pedrinhas que não nos fazem tropeçar com tanta facilidade, dificilmente tropeçamos nelas e caímos. É claro que ninguém é perfeito! e lá também existem as irregularidades nas ditas calçadas (que coisa feia fazer comparações!)….Mas já repararam como são feitas as calçadas em Aveiro? São lindas! tipicas calçadas portuguesas. Mas, aah!! Aveiro querido! Em alguns sítios dessa cidade querida não fostes feita para velhos.

sábado, 5 de julho de 2008

A Preguiça é necessária


Estudiosa defende a preguiça como estratégia de resistência

Uma reportagem que li me deu forças para me debruçar na preguiça. Ela é culpada disso...(risos :) ).
São Paulo, 16 de Junho de 2008 - Scarlett Marton, conceituada professora de Filosofia Contemporânea da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), concedeu, na semana passada, uma palestra polêmica sobre workaholics.
Disse ela que o homem contemporâneo precisa retomar a preguiça, como estratégia de resistência. "A atual compulsão por trabalho criou pessoas sem consciência da própria existência. E isso não é saudável, nem no ambiente corporativo, nem no lar, de maneira geral. Isso atrapalha o trabalho em si", diz Scarlett.
Por isso mesmo aceitei o insistente pedido, o insistente apelo da minha amiga Tania para ir com ela passar um fim de semana no Alentejo, mais especificamente em Grândola, fazendo Turismo Rural na Quinta Monte do Cabeço do Ouro, é muito bom!
Como é bom poder usufruir da companhia de tão bons amigos! Comer a janta feita pela cozinheira de Minas Gerais a Lili e o esposo, do Antonio tão bom anfitrião!, da Pery uma romena bonita que faz uns crepes espetaculares!, da Ivone uma "host" de turismo que nos levou a praia do CARVALHAL, muito linda! (me senti no Rio de janeiro), dos amigos Vera e Daniel, muito jovens, inteligentes e sensíveis. Não posso esquecer dos amigos de 4 patas incluindo neles os cavalos e as acadelas Andrea e a Pisca, que são mães recentes e muito dengosas.
Viva a preguiça! Quem sabe volto com o gáz todo para Aveiro!!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Escritores de gaveta"

"Escritores de gaveta...A Internet ajudar as palavras a saírem do armário"
Para quem tem tanto a falar e a comunicar. Quem não conhece ou se enquadra nesse tema? A Melissa Cruz consegue traduzir bem a dificuldade que se tem para aproveitar o potencial de quem tem tanto a dar...temos tantos escritores aqui pela net...a net passou a ser mais uma Oportunidade de Ser. Quem puder leia a reportagem dessa carioca.